TRANSPORTE
COLETIVO

Mudança de paradigma da mobilidade

JARAGUA DO SUL, SANTA CATARINA

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Como foi implantada

O Instituto Jourdan (antigo IPPLAN), motivado em transformar a relação dos munícipes com seus deslocamentos diários, priorizou o transporte coletivo e os veículos a propulsão humana ante ao crescimento vertiginoso dos veículos individuais. Buscou-se adequar as vias centrais ao Plano Nacional de Mobilidade, que, com a implantação do sistema de esgoto na área central e a necessidade de recapeamento, oportunizou a implantação de vias preferenciais para o transporte coletivo e de ciclofaixas. Os principais parâmetros considerados na análise foram: dimensão das vias, polos geradores, quantidade de paradas de ônibus e táxi, quantidade de vagas para estacionamento eliminadas, quantidade e tipologia de cruzamentos, pontos de conflitos, conexão com o sistema cicloviário existente e melhorias na segurança de pedestres e ciclistas. Dados estes que definiram o posicionamento da faixa preferencial: veículos como ônibus, vans, táxis e de emergenciais, do lado direito e ciclofaixa do lado esquerdo. Foram avaliadas 03 alternativas, porém, a implantada apresentou a segurança necessária para todos. Pedestres: manteve-se a dimensão do passeio e uma distância segura dos veículos motorizados, protegidos do lado direito pelo estacionamento e do esquerdo pela ciclofaixa. Ciclistas: sem conflitos significativos com pedestres e veículos individuais, possibilitando a possível criação de paraciclos nas esquinas, permitiu fácil acesso ao circuito oposto do sistema sem necessidade de cruzamento com as vias principais. Transporte Coletivo: a faixa preferencial garante fluidez e rapidez, diminuindo o tempo de espera e deslocamento. Automóveis: duas faixas de circulação, sem conflito com ônibus e táxi, gerando fluidez homogênea e segura. Comercio: potencializou-se o acesso para os ciclistas e usuários do transporte coletivo. Escolas: a ciclofaixa gerou segurança para os alunos ciclistas e a conservação do estacionamento do lado direito garantiu um embarque/desembarque mais seguro.

Principais objetivos da iniciativa

A iniciativa vem de encontro aos objetivos do Plano Diretor Municipal: melhoria da circulação e do transporte urbano; garantia de acessibilidade a equipamentos, transporte e de serviços da cidade; vinculação do planejamento e implantação de infraestrutura de circulação e de transporte. Com base nisso, os principais objetivos da proposta foram de encontro a valorização e a segurança do transporte coletivo e do transporte não motorizado com a definição de espaços preferenciais que garantem mais rapidez e conforto ao usuário, além de estabelecer ligações importantes para os ciclistas. Objetivos definidos para médio e curto prazo, a longo prazo, o que se procura é a conquista de novos usuários para o sistema, que só poderão ser atraídos com a implantação de vias seguras e interligadas e implementação de constantes melhorias. Jaraguá do Sul, até o final de 2012, apresentava 26,82 km de ciclovias e ciclofaixas, pulverizadas pelo município de forma isolada. A proposta deu início a integração e ampliação do Sistema Cicloviário no município, onde a primeira etapa foi responsável pela implantação de mais 3,50 km de ciclofaixas. O sistema hoje, já alcançou 46,76 km, com os projetos entregues e em fase de execução, pretendemos alcançar 106,82 km, até o final de 2016. O projeto visa padronizar a implantação, a sinalização e, o mais importante, conectar todas as ciclovias e ciclofaixas do município, possibilitando ao ciclista maior segurança e mobilidade, além da execução de mobiliário de apoio em pontos estratégicos.

Público Beneficiado

Os Principais beneficiados são os usuários do transporte coletivo e ciclistas, no entanto, todos são favorecidos pela ordenação e limpeza visual do espaço público.

BenefĂ­cios e impactos gerados

O tempo de espera e viagem, para o usuário do transporte coletivo, diminuiu em aproximadamente 20 minutos, trazendo mais conforto, segurança e confiabilidade ao sistema, alguns dos fatores fundamentais para manter e conquistar novos usuários. Para os ciclistas, a implantação de uma faixa exclusiva, oposta a faixa preferencial para o transporte coletivo, garantiu maior segurança, bem como, proporcionou maior visibilidade onde, anteriormente, encontravam-se invisíveis dentro do sistema, escondidos entre os veículos e os pedestres, disputando um espaço cada vez mais perigoso. A implantação permitiu que as pessoas voltassem a utilizar a bicicleta para se locomover, migrando do veículo motorizado para o não motorizado. Pode-se tomar como exemplo, os alunos, que começaram a utilizar as ciclofaixas para ir às escolas. Todas as mudanças criarão uma nova percepção na população. Os estigmas de que os estacionamentos são imprescindíveis e as críticas recorrentes dos comerciantes não prosperaram apesar do número de vagas ter sido reduzido, não existe falta de estacionamento. O estreitamento da faixa da via destinado aos veículos de passeio não prejudicou sua circulação, mas sim, reduziu sua velocidade e consequentemente o número de acidentes, humanizando o trânsito. Críticas e dúvidas na fase de projetos, com a ordenação do espaço, foram substituídas por mudanças de comportamento, resultando em conforto e segurança para todos, como por exemplo, para os pedestres, onde a redução da velocidade possibilitou que os motoristas respeitassem com mais tranquilidade as faixas de travessia. Uma visão, das mais importantes, que as faixas exclusivas para o transporte coletivo e não motorizado trazem para o município, é a de uma cidade mais limpa e organizada, fato que deixa nossos cidadãos orgulhosos.

Como se dá a participação

O projeto teve início com a vontade da Prefeitura em priorizar o transporte coletivo e não motorizado através de reuniões internas, gerenciadas pelo então IPPLAN, hoje denominado de INSTITUTO JOURDAN, que foi responsável por integrar as opiniões e sugestões, além de elaborar as pesquisas e levantamentos que culminaram na execução do anteprojeto, composto por desenhos, croquis, avaliações, e pesquisas. Terminada a fase de anteprojeto, todas as informações foram apresentadas a Câmara de Dirigentes Lojistas de Jaraguá do Sul (CDL), de onde partiram os principais questionamentos em virtude da eliminação de uma grande fatia dos estacionamentos da área central. Após ampla discussão e argumentação por parte do instituto a proposta foi encaminhada ao COMCIDADE – Conselho Municipal da Cidade de Jaraguá do Sul, que após sua aprovação, permitiu a execução do projeto final e apresentação para a impressa.

Começou a ser realizada

Primeiro trimestre de 2013.

Site da iniciativa

http://www.jaraguadosul.sc.gov.br/news/jaragua-do-sul-tera-corredor-para-onibus https://www.jourdan.org.br https://www.facebook.com/InstitutoJourdan

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