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Programa de Proteção ao Pedestre

SAO PAULO, SAO PAULO

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Como foi implantada

Em 2010, a cidade de São Paulo registrou 7.007 atropelamentos resultando na morte de 630 pedestres. Naquele ano, esse número correspondia a 46,4% das 1.357 mortes em decorrência de acidentes de trânsito na cidade. Com base em pesquisas que mostravam que o fator humano, relacionado ao comportamento, é a principal causa de 90% dos atropelamentos, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), decidiu criar, em 11 de maio de 2011, o Programa de Proteção ao Pedestre para reduzir os acidentes na capital, ampliando a segurança e alterando comportamentos que criam riscos no trânsito. A meta do Programa de Proteção ao Pedestre foi a criação de uma cultura de respeito ao pedestre, utilizando uma ampla campanha educativa, reforçando a fiscalização e adotando algumas ações de engenharia. A estratégia da Secretaria Municipal de Transportes foi a criação de Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre (ZMPPs). O Programa começou em maio de 2011 na região central e da avenida Paulista, uma área de 14 quilômetros quadrados.

Principais objetivos da iniciativa

Diferentes ações foram realizadas para chamar a atenção e conscientizar as pessoas sobre a importância de respeitar aqueles que são os mais frágeis no trânsito, os que andam a pé. Mais de 1.000 orientadores para a travessia de pedestres foram colocados em importantes pontos de travessia da cidade com o objetivo de aumentar o nível de atenção de pedestres e motoristas. Além disso, a fiscalização foi intensificada com a presença de agentes da CET e de policiais militares. Depois de um período de orientação, multas começaram a ser aplicadas. Para garantir segurança na travessia das pessoas, a sinalização foi melhorada, com recuperação da pintura de mais de 20 mil faixas de pedestres e a instalação de outras nas imediações das escolas. Também foram feitas campanhas de divulgação dentro dos terminais de ônibus para atingir as pessoas que usam transporte público. Foram realizados ainda treinamentos com motoristas de ônibus, ônibus fretados, peruas escolares e de taxistas. Além disso, foram realizadas palestras e aulas sobre o tema em instituições de ensino, entidades de atendimento a idosos e de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Público Beneficiado

Toda a população de São Paulo.

BenefĂ­cios e impactos gerados

No primeiro ano do projeto, as ações de cunho educativo de respeito ao pedestre contribuíram para a queda de 40% de atropelamentos com mortes na região central e da avenida Paulista e de 10,7% no município de São Paulo, comparado com o mesmo período anterior. Entre 11 de maio de 2011 e 10 de maio de 2012, foram 24 mortes de pedestres na área central ante 40 no período anterior. O programa também registrou redução de 34,3% no número de atropelamentos na ZMPP da região central/Paulista. Foram 424 atropelamentos registrados nessa região de 11 de maio de 2011 a 10 de maio de 2012 ante 645 no período anterior. A redução de vítimas de atropelamentos se manteve em 2013 na cidade de São Paulo, principalmente quando a comparação é feita com um período de tempo maior. Em 2005, morreram 748 pessoas, vítimas de atropelamentos, e em 2013, 514, redução de 31,3% no período. A estatística mostra que a queda do número de mortes foi também significativa no total de acidentes de trânsito – incluindo pedestres, motoristas, passageiros e motociclistas. Em 2013, foram 1.152 casos, ante 1.505 em 2005, redução de 23,5%.

Como se dá a participação

Foram promovidas diversas ações educativas com a população, por meio de aulas ministradas por agentes de trânsito em escolas da rede municipal, para mostrar às crianças como respeitar às regras de trânsito e agir de modo seguro nas ruas. Também foram feitos treinamentos com motoristas de ônibus do sistema de transporte coletivo municipal, de ônibus fretados e de táxis. Foram promovidas ainda ações culturais em regiões com grande fluxo de pessoas a pé e de carro, com encenações teatrais de atores e mímicos. Para atingir o maior número de pessoas, foi veiculada campanha publicitária em TVs e rádios com o tema do respeito ao pedestre. Por meio de pesquisas de campo, a Companhia de Engenharia de Tráfego mediu o comportamento de motoristas e pedestres no decorrer da evolução do programa. Nos anos de 2011 e 2012, esses estudos mostraram a incidência de maior respeito de parte dos motoristas em relação às faixas de travessia de pedestres. Também foi percebido nessas pesquisas que os próprios pedestres passaram a utilizar mais as faixas de segurança para as suas travessias.

Começou a ser realizada

11 de maio de 2011

Site da iniciativa

Não tem

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